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"Eleições de dois em dois anos vão acabar com o Congresso", alerta Otto Alencar

 





O senador Otto Alencar (PSD) voltou a defender mudanças no sistema eleitoral brasileiro, propondo o fim das eleições a cada dois anos e a extinção da reeleição. Para ele, a alternância frequente de pleitos prejudica a governabilidade e gera um alto custo para o país. A declaração foi feita durante sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta sexta-feira (14), e reforçada ao comentar o cenário político nacional, em meio ao debate sobre o posicionamento do PSD após Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, sinalizar apoio ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).


Otto anunciou que pretende colocar em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a proposta de unificação das eleições e ampliação dos mandatos. "Vai ser um benefício ao Brasil. Ou o Congresso acaba com a eleição de dois em dois anos, ou a eleição de dois em dois anos vai acabar com o Congresso. A população não vai aceitar o que tem acontecido nos últimos anos", afirmou o senador, destacando que, em um período de quatro anos, ocorrem três eleições, o que significa três fundos eleitorais bilionários.


Para Otto, o gasto com campanhas poderia ser direcionado para áreas essenciais. "Cada fundo eleitoral custa R$ 5 bilhões. São R$ 15 bilhões em quatro anos, dinheiro que poderia ser investido em saúde, educação e outras necessidades sociais", criticou.

O senador também comparou sua proposta com o modelo adotado no passado. "Juscelino Kubitschek fez 50 anos em 5. Criou a Sudene, impulsionou o desenvolvimento do Nordeste, investiu em recursos hídricos e desbravou o Brasil. Se ele conseguiu em cinco anos, por que não podemos ter esse modelo novamente?", questionou.

Sobre o futuro do PSD, Otto reforçou que na Bahia o partido seguirá apoiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), mas ponderou que a decisão nacional só será tomada em março de 2026. "Aqui na Bahia, vou lutar intensamente para manter nossa aliança. O PSD nunca teve alinhamento igual em todos os estados, e isso será discutido no momento certo", concluiu.

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