Unidade de referência para atendimento do público feminino, o Hospital da Mulher, em Feira de Santana, registrou mais de 800 partos de adolescentes. O número preocupa. Ao Acorda Cidade, a médica obstetra Andréa Alencar, disse que mesmo com campanhas e métodos contraceptivos disponível, a situação persiste, com aumento de partos do tipo.
O fato é lembrado durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que vai até o próximo sábado (8). O Brasil ocupa a segunda posição no mundo em número de partos de gravidez na adolescência, com cerca de 400 mil casos de jovens de até 19 anos por ano.
A obstetra informou que a gravidez na adolescência impacta o futuro das meninas, com maior risco para depressão, parto prematuro, diabetes gestacional e abandono da criança na primeira infância. “Além disso, há abandono escolar por parte das adolescentes grávidas, perpetuando o estado de pobreza, pois sabemos que a gravidez na adolescência é mais frequente nas classes mais baixas”, declarou ao site.
A médica destacou ainda que deve se priorizar o parto normal nesses casos, uma vez que uma cesariana pode aumentar os riscos de infecções entre adolescente, além de sangramentos e comprometimento do útero para futuras gestações.
Como medidas preventivas, a médica enfatizou a importância da educação sexual, por não se tratar de incentivar relações precoces, mas de orientar sobre os riscos de uma iniciação que pode levar desde uma doença sexualmente transmissível até uma gravidez indesejada.
Tags:
Bahia