O ex-prefeito de Correntina, Nelson José Rodrigues, conhecido como Maguila, deixou o município em uma situação alarmante, conforme revelado em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, pelo atual prefeito Mariano e seus secretários. A gravidade da situação chocou a todos e expôs as sérias atrocidades cometidas durante a gestão do ex-prefeito.
A saúde pública de Correntina encontra-se em estado crítico. Prédios estão sucateados e equipamentos, em sua maioria, inutilizados. A falta de insumos é alarmante, e tanto a infraestrutura urbana quanto a rural estão em condições deploráveis. Equipamentos foram desmantelados com peças roubadas, as estradas vicinais estão intransitáveis e computadores tiveram arquivos apagados, o que impossibilitou um planejamento adequado para atender à população e dificultou o processo de transição.
Relatos indicam que Maguila deixou uma dívida significativa com prestadores de serviços e fornecedores. Servidores públicos estão sem receber salários e décimos terceiros, enquanto as contas do município permanecem bloqueadas devido a uma dívida de um milhão de reais. A prefeitura foi notificada pelo banco sobre essa situação crítica. O controlador do município alegou que os valores retidos dos servidores não foram repassados ao banco, configurando crime.
A folha de pagamento referente ao mês de dezembro totaliza 11 milhões de reais, mas apenas pouco mais de um milhão foi efetivamente pago. Somente os apadrinhados políticos do ex-prefeito Maguila conseguiram receber seus salários e décimos terceiros referentes ao mês de dezembro de 2024. Além disso, a prefeitura ainda acumula uma dívida de um milhão de reais com o SAAE por atraso no pagamento da conta de água.
Durante sua gestão, Maguila fechou postos de saúde e desabilitou os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), limitando o atendimento à saúde a relações políticas pessoais. Os veículos destinados à saúde estão completamente sucateados, enquanto o Hospital Municipal apresenta condições degradantes: leite quebrados, paredes com infiltrações, ar-condicionado fora de funcionamento, defeitos no padrão elétrico, poltronas rasgadas e telhados com vazamentos. Para agravar a situação, não há necrotério disponível e as paredes do hospital estão rachadas e com odor de mofo.
Esta é a triste realidade da saúde pública em Correntina — um legado devastador deixado pelo ex-prefeito após oito anos no cargo.
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