Durante as recentes eleições, houve uma insatisfação significativa entre a maioria dos candidatos a vereador do PL em Barreiras. O descontentamento surgiu porque um candidato, Adriano Amarante, recebeu do partido uma doação superior ao dos demais candidatos no município. Isso gerou um clima de descontentamento que merece ser esclarecido.
Faltando apenas dois dias para o fim do prazo de substituição de candidatos, o PL decidiu lançar Adriano Amarante, ex-coordenador da campanha de Bolsonaro e João Roma, como candidato a vereador. Essa decisão foi tomada em um momento crítico e teve como objetivo fortalecer a presença do partido no município, especialmente para barrar o crescimento de Davi Schmidt, que estava ganhando apoio considerável entre os eleitores de direita.
Davi Schmidt contava com o apoio de figuras importantes da direita baiana, como Dra. Raissa que teve 19 mil votos no município e do Deputado Diego Castro, além de ter respaldo de influências fora do estado. A estratégia do PL foi coligar com o candidato do prefeito Zito Barbosa, lançando Túlio como vice-prefeito na chapa majoritária com Otoniel Teixeira, decisão aprovada pela nacional do partido.
A campanha de Adriano Amarante focou em desgastar a chapa de Davi Schmidt, esclarecendo verdades para os eleitores que estavam indecisos ou que já o viam como candidato preferido da direita na cidade. Os números falam por si: Davi Schmidt obteve 3.147 votos, enquanto Danilo Henrique 27.636 e Otoniel Teixeira com 32.953 votos, respectivamente. A presença de Amarante pode ter sido decisiva; sem sua interferência, Davi poderia ter chegado a cerca de 10 mil votos.
Se isso tivesse ocorrido, os votos de Davi seriam 100% do candidato do PL, Otoniel e Túlio, assim levando Danilo Henrique à vitória eleitoral. Portanto, a candidatura de Amarante foi estratégica e fundamental para o sucesso do PL em Barreiras.
Na reta final da campanha, o grupo de Davi Schmidt demonstrou desânimo diante da postura firme e incisiva de Adriano Amarante, conformando que tudo teria sido em vão, por ter tido a oportunidade de coligar com grupo do PL, preferiram seguir com candidatura própria, assim tirando votos de Otoniel e Túlio, favorecendo diretamente Danilo Henrique e Tito. Além disso, Davi chegou a mover um processo contra um blog local que publicou matérias prejudicando sua imagem política, evidenciando o impacto negativo que essas informações tiveram em sua campanha (Processo nº 0600441-14.2024.6.05.0075).
Para os candidatos a vereador do PL que se sentiram insatisfeitos com essa dinâmica, é importante entender as razões e as estratégias por trás dessas decisões.