Após oito anos à frente da prefeitura de Riachão das Neves, Miguel Crisóstomo entregará o município a outro grupo político, em meio a uma derrota histórica e a um cenário repleto de problemas. Com o término do seu mandato marcado para 31 de dezembro de 2024, nenhuma das melhorias prometidas deverá ser concluída.
Entre as promessas não cumpridas, destaca-se a construção da nova prefeitura e a conclusão da estrada que liga a BR 135 ao povoado do Cariparé. Além disso, a estrada que conecta a BR à comunidade do São José também está inacabada, assim como o projeto de 100% de pavimentação asfáltica na sede do município. A entrega de água tratada na sede do Cariparé, uma promessa antiga, também não será realizada.
A situação da educação pública no município é alarmante. O prefeito não pagou o reajuste salarial de 33,24% para os professores, conforme proposto pelo ex-presidente em 2022. Muitas escolas estão sucateadas, levando alunos a faltarem às aulas por falta de transporte escolar. Em algumas instituições, faltam professores para determinadas matérias e há relatos de escolas na zona rural sem banheiros ou vasos sanitários adequados.
A escola Félix José Barbosa exemplifica essa realidade precária que se reflete em outras instituições da região.
Apesar de ser presidente do consórcio regional de saúde do oeste baiano, Miguel Crisóstomo enfrenta críticas da população em relação à qualidade da saúde pública no município. Faltam medicamentos e ambulâncias para transporte de pacientes, obrigando muitos a buscar atendimento em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, pois o município não tem cumprido seu papel em cuidar dos cidadãos enfermos.
