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Crônica da política de Barreiras 2024



A urna não decide a derrota, o voto não define o candidato!

Receio que as memórias encurtadas da sociedade, devem ser revisitadas. As velhas práticas da compra de votos conhecida na história brasileira, recebeu sua primeira crítica advinda do senador João Maurício Wanderley, o Barão de Cotegipe. Sim! É preciso retomar aos anos 1880 para entender que o cenário não mudou, os “eleitores de cabrestos” estão bem vívidos. E essa expressão usada para a coerção e suborno do eleitorado mais pobre, está mais viva do que nunca! Passados mais de 150 anos, e a democracia brasileira permanece submersa às águas profundas, que desafiam a livre consciência do eleitor, num câncer que o poder público não consegue remediar. Pra se ter uma ideia, a Polícia Federal tem mais de 1800 inquéritos em andamento sobre crimes eleitorais. Posso afirmar que em dias atuais, a compra de votos se transformou em um fenômeno empírico que lança a um lamaçal imundo a lisura do processo eleitoral. Nessa perspectiva, não é fácil responder a pergunta que intriga milhares de cientistas políticos:…” Como os eleitores escolhem os seus candidatos em eleições?”

Esse questionamento traz alívio aos candidatos que trabalham arduamente numa campanha limpa e ética, pois assim como uma prova que testa a capacidade de um aluno no ensino médio, o quantitativo de votos de um candidato “derrotado” nas urnas, em meio às práticas de compras de votos, só atesta o quão difícil é lutar contra a maré alta do entendimento que o qualitativo neste contexto, é insignificante diante do cenário político nacional. Nesta lide, é compreensível que bons candidatos, com trabalhos prestados na sociedade, não se tornem representantes eleitos do povo, pois não há combate eficiente que impulsione o voto consciente. A manipulação das eleições populares é uma prática que fere a democracia representativa e questiona a conquista dos princípios da soberania popular e do sufrágio universal. Afinal, as noções de liberdade de escolha estão entrelaçadas nas múltiplas manipulações das eleições populares. 


Por: Mônica Patrícia

Colunista Política Portal Veja Oeste.

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