Realizado pela primeira vez no Brasil, o Índice de Progresso Social (IPS) revelou que a Bahia tem a pior nota para segurança pessoal entre todos os estados do país. O estudo analisou mais de 50 indicadores sociais e ambientais e deu notas para todos os municípios do país. No aspecto de segurança, a nota da Bahia foi de 42,2, enquanto a média nacional foi 58,27. A nota média do estado foi 57,85 – a 19º no ranking dos estados.
O componente foi avaliado a partir de quatro indicadores pré-estabelecidos: assassinato de jovens, mortes por acidentes de transportes, assassinatos de mulheres e homicídios. A Bahia teve notas menores do que todos os estados vizinhos. O Piauí, por exemplo, teve como média 55,66 para segurança, e Alagoas, 46,49.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) foi questionada sobre as ações de combate a violência no estado, mas não respondeu às perguntas enviadas através da assessoria de imprensa.
O professor associado da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Horacio Nelson Hastenreiter, coordenador do mestrado em Gestão da Segurança Pública, ressalta que “não é possível o sentimento de bem estar com a segurança ameaçada”.
“A segurança interfere substancialmente no acesso aos ensinos fundamental e médio. Em determinadas comunidades, controladas por grupos criminosos, a liberdade de ir, vir e estar é fortemente comprometida pelas circunstâncias criadas e por momentos mais agudos de conflito. A saúde é outra dimensão que é abalada pela segurança pública. Pela escala hierárquica de Maslow, segurança é a necessidade básica do ser humano”, analisa.
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O Atlas da Violência 2024 revelou que as cinco cidades brasileiras com as maiores proporções de homicídios a cada 100 mil habitantes estão na Bahia. São elas: Santo Antônio de Jesus (94,1), Jequié (91,9), Simões Filho (81,2), Camaçari (76,6) e Juazeiro (72,3). Ainda de acordo com a pesquisa, o estado registrou 6.776 homicídios em 2022 – um aumento de 10,2% em relação a 10 anos antes. Entre 2017 e 2022, no entanto, houve redução de 9,5%.
Fonte:Correio