Os supostos gastos excessivos da prefeitura de Santa Rita de Cássia com gasolina levaram a vereadora Regina Toldão (PP) a denunciar o prefeito José Benedito Rocha Aragão, conhecido como Zezo Aragão (PSD), ao Ministério Público.
De acordo com a denúncia da vereadora, a gestão municipal chegou a gastar quase R$ 1,1 milhão na compra de gasolina em uma cidade de pouco mais de 27 mil habitantes. Mas o que chama a atenção, diz Regina Toldão, é que veículos sucateados têm sido abastecidos.
Segundo a vereadora, um carro modelo Fiat Strada, de placa PJI-0723, de 2015, por exemplo, estava sem funcionamento desde dezembro de 2020, e mesmo assim foi abastecido. Nos meses de outubro a dezembro de 2021, foram postos 2.157 litros de gasolina, com um gasto de R$ 11.539,95. No ano de 2022, foi abastecido com 6.884 litros de combustíveis, com total R$ 47.928,11. No ano passado, o veículo foi à leilão, conforme Regina Toldão, por R$ 11 mil “devido ao seu elevado estágio de deterioração”. Um carro deste modelo daquele ano hoje está avaliado em cerca de R$ 45 mil.
Denúncia aponta gasto milionário para abastecer até veículos sucateados em Sta. Rita de Cássia
Vereadora Regina Toldão, do PP, denunciou a prefeitura da cidade no Ministério Público
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Publicado em 30 de maio de 2024 às 05:00
A denunciante disse que as sucatas eram abastecidas diariamente pela gestão municipal
A denunciante disse que as sucatas eram abastecidas diariamente pela gestão municipal Crédito: Reprodução
Os supostos gastos excessivos da prefeitura de Santa Rita de Cássia com gasolina levaram a vereadora Regina Toldão (PP) a denunciar o prefeito José Benedito Rocha Aragão, conhecido como Zezo Aragão (PSD), ao Ministério Público.
De acordo com a denúncia da vereadora, a gestão municipal chegou a gastar quase R$ 1,1 milhão na compra de gasolina em uma cidade de pouco mais de 27 mil habitantes. Mas o que chama a atenção, diz Regina Toldão, é que veículos sucateados têm sido abastecidos.
Segundo a vereadora, um carro modelo Fiat Strada, de placa PJI-0723, de 2015, por exemplo, estava sem funcionamento desde dezembro de 2020, e mesmo assim foi abastecido. Nos meses de outubro a dezembro de 2021, foram postos 2.157 litros de gasolina, com um gasto de R$ 11.539,95. No ano de 2022, foi abastecido com 6.884 litros de combustíveis, com total R$ 47.928,11. No ano passado, o veículo foi à leilão, conforme Regina Toldão, por R$ 11 mil “devido ao seu elevado estágio de deterioração”. Um carro deste modelo daquele ano hoje está avaliado em cerca de R$ 45 mil.
“Fiz uma planilha e demonstrei que diversos carros tiveram abastecimento de 30 tanques por mês, o que é um absurdo. O mais grave é que sucatas, que foram à leilão, também eram abastecidas pela prefeitura diariamente”, afirmou a vereadora.
A legisladora ainda relatou que um carro Chevrolet S-10, de placa NZF-3214, foi abastecido mesmo, de acordo com ela, não pertencendo à “relação de veículos em funcionamento” da prefeitura de Santa Rita de Cássia. “Em busca realizada nos pagamentos liquidados, não foi encontrada nenhuma manutenção corretiva com a placa do carro”, disse ela, na denúncia.
Regina Toldão citou ainda um outro caso, o da ambulância Renault Kangoo (ano 2015/2015, placa OZH9241) e do Saveiro AMB (ano 2018, placa PKV2907), que consumiram juntos nos anos de 2021 e 2022, 13.412 litros de gasolina com um gasto total de R$ 69.901,10. “(Isso dá) uma média 180.640 quilômetros rodados. Em um breve levantamento realizado no portal da transparência, o quantitativo de diárias pagas para esses veículos não condiz com o quantitativo de quilômetros rodados, não havendo tanta ocorrência dentro do territorial municipal já que temos cobertura do Samu”, escreveu na denúncia.
A reportagem tentou falar com a prefeitura por meio dos contatos disponíveis no portal da gestão municipal, mas não obteve sucesso. Procurado para se posicionar sobre a denúncia, o Ministério Público não se manifestou até a publicação desta matéria.
O prefeito Zezo, que pode disputar a reeleição neste ano, tem recebido advertências do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Em 2022, as contas dele do ano anterior foram aprovadas com ressalvas, e recebeu uma multa de R$1,5 mil. No ano seguinte, em 2023, ele voltou a ser multado pela mesma razão. Desta vez, no valor de R$ 1 mil. Ele chegou a ficar inelegível por oito anos, por causa de irregularidades durante a gestão de 1995 a 2000.
“O mais impressionante é que os gastos não param de subir e o prefeito se recusa a dar explicações à sociedade. Além de diversas promessas de campanha que nunca saíram do papel, há muitas irregularidades na gestão do prefeito Zezo Aragão que precisam ser investigadas com lupa”, afirmou a vereadora.
Vereadora Regina Toldão, do PP, denunciou a prefeitura da cidade no Ministério Público
Fonte correio