O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem priorizado a televisão como principal meio para veicular a propaganda oficial da gestão federal, destinando 73% da verba para esse formato de comunicação nos seis primeiros meses de sua gestão, é o que aponta um levantamento da Folha de S. Paulo.
Comparativamente, na administração de Jair Bolsonaro (PL) de 2019 a 2022, as TVs receberam 47% do total da verba destinada à publicidade, conforme dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e dos ministérios.
Segundo informações da Secom, em 2023, emissoras de TV e rádio da Globo receberam R$ 54,4 milhões para veicular a propaganda oficial do governo, enquanto a Record recebeu R$ 13 milhões, o SBT R$ 11 milhões, a Band R$ 5 milhões e a RedeTV! e EBC R$ 1 milhão cada.
A maior parte do valor destinado ao grupo Globo foi para veiculações na TV, com adições menores ao site Globo.com (R$ 394,5 mil) e às emissoras de rádio CBN (cerca de R$ 345 mil).
Essa maior canalização de verba para TVs resultou em uma redução nos investimentos em propaganda na mídia estrangeira, na internet e no rádio.
Durante os quatro anos de governo Bolsonaro, a mídia estrangeira recebeu 21% da fatia da publicidade, a internet 18% e o rádio 12%. Já sob a gestão de Lula, esses percentuais caíram para 10%, 8% e 7%, respectivamente.
No ranking das 15 empresas que mais receberam verbas de publicidade durante o governo Bolsonaro, estavam as gigantes de tecnologia Meta (Instagram e Facebook), Google e Twitter.
Sob o governo Lula, a Meta (recebendo R$ 2,2 milhões nesses seis meses) e o Google (R$ 1,2 milhão) permanecem no top 15, enquanto o TikTok (R$ 1,4 milhão) e o Kwai (R$ 600 mil) foram adicionados à lista.
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