A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito sobre os atos antidemocráticos de 8/1 vai investigar as ações ocorridas desde o segundo turno das eleições de 2022, em 30 de outubro, até a invasão e vandalização das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. O plano de trabalho da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), foi aprovado nesta terça-feira (6). “Apresentamos as linhas gerais de investigação, sem prejuízo de que novos fatos conexos possam vir a ser incluídos nesta relação”, afirmou a relatora, no plano de trabalho.
Na mesma sessão, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (UB), indeferiu a questão de ordem que visava retirar dos trabalhos o deputado André Fernandes (PL-CE), que é o proponente da abertura da comissão e ao mesmo tempo responde a investigação no Supremo Tribunal Federal por participação nos atos de 8/1.
Nesta quarta, o colegiado vai decidir sobre os pedidos para convite ou convocação dos ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Torres também ser ouvido porque comandava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia dos ataques.
A relatora propôs o depoimento de 37 pessoas, entre elas Alan Diego dos Santos, acusado de participação na tentativa de explosão de bomba no aeroporto de Brasília; Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF; Fernando de Souza Oliveira, também ex-titular da SSP-DF; George Washington de Oliveira Sousa, acusado por participação na explosão de bomba no aeroporto;Márcio Nunes de Oliveira, ex-Diretor-Geral da Polícia Federal; o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Barbosa Cid; Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal; Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro
Do governo atual, a relatora quer ouvir o secretário executivo do Ministério da Justiça, ex-interventor da SSP-DF e ex ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Ricardo Garcia Cappelli, o primeiro ministro do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias. Fonte: Metrópoles. Fonte: Metrópoles
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