Governo federal informou que os inscritos no Bolsa Família que foram bloqueados apresentam inconsistência de dados em seus cadastros
O governo federal confirmou ter bloqueado o pagamento do auxílio a 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família. As suspensões ocorreram devido à inconsistência de dados no cadastro do programa de complemento de renda.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o bloqueio dos pagamentos acontecem em alguns cadastros que declararam integrar famílias unipessoais (de uma pessoa só).
Essa medida faz parte da Ação de Qualificação Cadastral, iniciada em março pelo governo federal. Trata-se da segunda etapa do procedimento de revisão de inscrições no programa social com indícios de fraude.
Nesta fase, técnicos do governo avaliaram os cadastros de aproximadamente 4,9 milhões de pessoas inseridas no Cadastro-Único (CadÚnico) como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado.
O objetivo é avaliar inconsistências e se certificar que o cidadão realmente mora sozinho, e não com uma família. Dessa maneira, os técnicos do ministério pretendem descobrir pagamentos em duplicata.
Foi registrado, segundo o governo, um aumento expressivo de novos registros de famílias unipessoais em 2022. Esse seria um forte indício de suspeita de fraude.
O grupo bloqueado terá 60 dias para recadastrar as informações e demonstrar que, de fato, preenche os requisitos para acessar o benefício. O prazo começou a contar nesta sexta-feira (14).
O bloqueio do benefício será avisado pelo aplicativo do Cadastro Único e por SMS. Aqueles que não atualizarem as informações ou comprovarem morar sozinhos podem ter o Bolsa Família suspenso de forma definitiva.
Caso as informações sejam confirmadas, as parcelas bloqueadas serão depositadas de forma retroativa.
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