Se você tem estômago leve e não suporta cenas que envolvem morte, tortura e sangue falso para todo lado, com certeza eu não recomendo assistir esse filme. Mentira, assista, por sua conta em risco.
Honestamente esse filme não me assustou, muito menos me fez passar mal. O que não foi o caso de algumas pessoas que assistiram e pararam no hospital, um caso bem ‘semelhante’ ao lançamento do segundo filme da Annabelle 2: A criação do Mal (2017).
“A mais o filme era muito violento”, é um filme Gore, baseado no primeiro filme, e nas promessas do Damien Leone, não era de se esperar de menos, - até porque a direção, roteiro e a maquiagem foram feitas por ele, desde o primeiro filme, e para um cara que só queria exibir seu talento nos efeitos visuais práticos, ele conseguiu.
Quando uma pessoa passa mal por conta de uma das cenas, significa que o trabalho dele surtiu efeito. Admito que o trabalho Damien é bem feito, mas me afetata tanto quanto Mártires (2008).
Fora que esse filme teve duas horas e pouca duração, o que chega a ser taxativo com as cenas em que Art ataca suas vítimas.
Para os amantes do gênero, não agradou, não deu para sentir todas as essas emoções de medo dos personagens que foram atacados, por breves instantes, uma cena dessas deve no máximo 1 minuto, e Damien manteve isso por mais tempo, em diversas cenas. Algumas delas ficaram muito exageradas, do tipo ‘como essa garota não morreu ainda? Cadê o pessoal de medicina para explicar isso?!’.
Perante ao primeiro filme Damien desenvolveu um pouco melhor o roteiro, porém teve muitos furos e informações demais que ele não soube desenvolver e interligar aos personagens. Poderia ter uma trama mais sórdida e realmente causar aquele impacto como foi a trilogia Rua do Medo (2021), porém ficou por conta própria dele, sem pedir ajuda de outros roteiristas para melhor e o resultado foi esse: personagens com falas ‘toscas’ desnecessários,, cenas longas desnecessárias, e mal desenvolvimento da história. Resumindo:uma rua com asfalto, cheia de buracos.
Todavia, parabéns Damien, você conseguiu melhorar muitos aspectos do primeiro filme, e espero que tenha atenção a esses detalhes porque o filme não pode ser sustentado por Art sozinho - e o melhor é que ele não tem nenhuma fala.
A fotografia se manteve presente com os tons azulados mais presentes, o que ressalta o figurino do Art, e o desenvolvimento dele ao decorrer dos crimes. A filmagem recebe uma estética retrô, que muitas vezes falha ao capturar o melhor ângulo da cena, assim como também lembra Halloween - A Noite de Terror (1978).
O filme chegará às telinhas brasileiras em 29 de dezembro de 2022.
Avaliação: 4 estrelas e um remédio para o estômago.
Obs: Morro de medo de Art.
*Com informações do g1.
