O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (11) no seu perfil oficial do Twitter que dispensa ‘qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores’. A declaração foi realizada um dia após um bolsonarista matar o petista Marcelo Arruda na madrugada deste domingo (10), durante sua festa de aniversário com temática do Partido dos Trabalhadores e Lula.
“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018. Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, escreveu o presidente.
Bolsonaro também realizou várias acusações indiretas contra o PT, segundo ele “é o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”.
De acordo com o presidente — que foi acusado de influenciar o discurso de ódio que teria motivado o crime do bolsonarista — quem na realidade incentiva a violência é o seu principal adversário. “Falar que não são esses e muitos outros atos violentos, mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes”.
Bolsonaro finalizou pedindo “que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia”.
Ainda no Twitter, em resposta ao humorista Antonio Tabet, o presidente declarou que quer que as autoridades apurem o caso e tomem as providências necessárias e ainda aproveitou para alfinetar o roteirista.
Antonio publicou na rede social: “Bolsonaro deve estar chateado. A lei proíbe que ele conceda a graça a quem comete crimes hediondos. Como homicídio qualificado, por exemplo”.
E o presidente respondeu: “Não estou não, Tablet. Quero que apurem e tomem providências. Deve estar me confundindo com a turma que você curte, aquela que correu pra proteger os assassinos do cinegrafista da Band, que cuidava do assassino Battisti, que já teve como membro o bandido que tentou me matar”.
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