A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou pela segunda e última vez, nesta quarta-feira, 22, o projeto de resolução que cassa o mandato do vereador Renato Freitas (PT). A votação terminou em 25 votos contra 5. Com isso, o vereador já perdeu o mandato, e agora só pode contestar a decisão na Justiça. O edil também perde os direitos políticos por oito anos. A defesa de Renato afirma que recorrerá da decisão nos próximos dias por considerá-la ilegal.
O parlamentar virou alvo de um processo administrativo após participar de uma manifestação, em fevereiro, que repudiava o assassinato do congolês Moïse Kabagambe. Freitas era acusado de perturbar a prática de culto religioso e liderar um grupo de manifestantes que teriam entrado sem autorização na Igreja do Rosário, em Curitiba, após uma missa, no início de fevereiro. Na ocasião, Freitas disse que o ato foi pacífico: "Não atrapalhamos nenhuma missa", afirmou.
Renato Freitas tem 37 anos e estava em seu primeiro mandato. Eleito com 5.097 votos, o professor universitário e advogado ocupava a posição de Líder da Oposição na câmara.
A partir da cassação, a CMC informou que iniciará o processo de publicação do projeto que efetiva a perda de mandato de Freitas, ao mesmo tempo em que realizará o processo de convocação da primeira suplente pelo PT, Ana Júlia, de 21 anos. Nas últimas eleições, ela recebeu 4.538 votos.
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