Janeiro de 2015
Em entrevista à agência de notícias France-Presse, Bill Gates disse que o mundo deveria se preparar para uma pandemia. O bilionário apelou para que a comunidade internacional utilizasse as novas tecnologias e as lições aprendidas com o surto de Ebola ocorrido em 2014 para desenvolver um plano eficiente.
“Um agente patogênico mais difícil [que o Ebola] pode aparecer”, afirmou o fundador da Microsoft, na época. “Uma forma de gripe, de SARS ou algum tipo de vírus que não vimos antes.”
Na ocasião, o empresário classificou as vacinas como “os maiores salvadores de vida da História”. “As doenças escolhem infectar as pessoas que não podem se proteger”, observou. “Nos concentramos em crianças pobres. Milhões delas morrem de doenças que poderiam ser evitadas por meio de vacinas. É uma pena não haver uma taxa de 100% de vacinação nos países ricos.”
Abril de 2015
Gates expôs a mesma preocupação em uma conferência TED. Acompanhe o vídeo, com tradução simultânea.
Janeiro de 2017
A Fundação Bill & Melinda Gates firmou parcerias com governos e outras fundações para criar a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi), organização que, mais tarde, ajudaria a financiar diversas medidas contra a covid-19 — incluindo as vacinas da Moderna e da AstraZeneca.
Janeiro de 2019
Em entrevista ao canal de televisão norte-americano CNBC, Gates revelou que investir em organizações globais de saúde, com o objetivo de aumento o acesso às vacinas, cria um retorno de 20 para 1 em benefício econômico.
Nas duas últimas décadas, a Fundação Bill & Melinda Gates doou cerca de US$ 10 bilhões aos grupos Global Alliance for Vaccines and Immunization (Aliança Global para Vacinas e Imunização), Global Fund to Fight Aids, Tuberculosis and Malaria (Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária) e Global Polio Erradication Initiative (Iniciativa de Erradicação da Pólio).
Isso significa que esses investimentos renderam US$ 200 bilhões.
Novembro de 2019
O primeiro caso de covid-19 foi identificado em 30 de novembro, na cidade chinesa de Wuhan, segundo o virologista norte-americano Michael Worobey, em estudo publicado na revista científica Science.
Segundo cientista, a origem do vírus é provavelmente animal. Mesmo assim, o pesquisador decidiu pedir à comunidade científica que verificasse a hipótese de um vazamento de um laboratório em Wuhan.
De lá para cá, em torno de 147 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Moderna foram aplicadas na União Europeia, enquanto mais de 67 milhões do imunizante da AstraZeneca foram administrados nos países do bloco.