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Sexta-Feira Santa, o que significa e por que não se come carne na data?



Todos os anos, na sexta-feira que antecede o domingo de Páscoa, nós passamos pela Sexta-feira Santa. Essa data também é conhecida como Sexta-feira da Paixão. Para quem não sabe, esse é o dia em que os cristãos relembram a morte de Jesus Cristo.

De foram geral, a Sexta-Feira Santa é um feriado móvel. Ou seja, a cada ano, ele acontece em uma data diferente.

Aliás, a data marca o fim da Quaresma, período de penitência de 40 dias, que relembra o período que Jesus passou no deserto. Nós já explicamos direitinho sobre a Quaresmo nesse outro post aqui. Mas, só para contextualizar, ela começa um dia depois da Quarta-feira de cinzas, após o Carnaval.

Entretanto, voltando ao assunto inicial, a Sexta-feira Santa marca um período de três dias especiais no calendário cristão. Tanto, que esse feriado é conhecido como o da Paixão de Cristo. Durante esses três dias, a prisão, a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

Em termos gerais, o cristianismo mostra que a ressurreição de Jesus Cristo aconteceu em um domingo, no dia 14 de Nisã (calendário hebraico). Em resumo, entende-se que ele ressuscitou no terceiro dia e, por isso, só poderia ter morrido numa sexta-feira.

Atualmente, a data é definida a partir da primeira lua cheia após o equinócio da primavera (no Hemisfério Norte) e do outono (no Hemisfério Sul). Neste caso, a Sexta-feira Santa pode ocorrer entre os dias 22 de março e 25 de abril.

Em 2019, ela cai no dia 19 de abril. Nos anos seguintes cairá:


De forma geral, a Sexta-feira Santa é recheada de tradições religiosas cristãs. Aliás, a Igreja Católica chega a aconselhar seus fiéis a praticarem algum tipo de penitência, tanto na Quaresma quanto nessa sexta especial.

Por exemplo, jejum e a abstinência de carne ou de qualquer ato que se refira ao prazer mundano são aconselhados. Outros rituais típicos do período são as procissões e reconstituições da Via Sacra.

Muitos devotos costumam beijar os seus crucifixos em sinal de respeito e eterno agradecimento a Jesus, por ter se sacrificado em prol da humanidade. Ainda assim, deixar de comer carne nesse dia é o ritual mais comum.

Abrir mão da carne vermelha e jejuar na Sexta-Feira da Paixão é uma prática muito antiga, de séculos, da Igreja Católica. e tem argumentos fortes em seu favor. Um dos principios básicos que leva a isso é que todo cristão deve saber abrir mão de seus desejos e algumas necessidades mundanas.

O Catecismo da Igreja católica ensina que por meio de práticas, como essa, é possível alcançar frutos a a virtude da temperança. A Igreja também assegura que o domínio da vontade sobre os instintos mantém os desejos controlados.


Santo Tomás de Aquino disse que o “jejum foi estabelecido pela Igreja para reprimir as concupiscências da carne, cujo objeto são os prazeres sensíveis da mesa e das relações sexuais”. Lembrando que na época de São Tomás de Aquino, além da carne, abria-se mão dos ovos e laticínios.

Historicamente, o jejum era feito na quarta e na sexta-feira. A Igreja do Oriente, inclusive, permanece com esse costume. Durante algum tempo no Período medieval, as pessoas também jejuavam nos sábados.

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