A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder o perdão ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) teve aval dos militares do governo e foi costurada pelo núcleo bolsonarista raiz do presidente, na contramão do que aconselhou o Centrão. É o que afirma a colunista Andréia Sadi, do G1.
De acordo com a publicação, Bolsonaro tinha sido aconselhado a deixar a saída do caso Silveira para o Parlamento, pressionando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a salvar o mandato do deputado, mas os parlamentares poderiam questionar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão sobre o mandato.
Sadi ainda informa que foram encarregados de achar a solução do decreto concedendo a graça a Silveira: o subchefe de Assuntos Jurídicos do governo, Pedro Cesar Sousa; o secretário de Governo, Celio Faria; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira – indicado por Bolsonaro e considerado praticamente da família Bolsonaro; e o Advogado-Geral da União, Bruno Bianco.
O STF deve discutir o assunto a partir de segunda-feira (25), com uma possível posição única sobre a decisão de Bolsonaro.
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