Em 2022, o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) deve ficar mais caro, acompanhando a valorização de carros novos e usados.
Cada estado tem uma alíquota diferente de IPVA (que não foi reajustada), mas todos levam em conta o valor venal de veículos usados — calculado por meio da tabela Fipe — ou o da nota fiscal de compra, no caso dos veículos dos 0km. E, diferente da lógica de anos anteriores, ambos acumulam uma expressiva valorização em 2021.
No último dado disponível da Fipe, o preço dos usados subiu mais de 31,8% em 12 meses. No mesmo período, os modelos novos tiveram alta de 19,3%.
O preço mais salgado é resultado do choque na cadeia produtiva de automóveis, causado pela pandemia do coronavírus.
As medidas de isolamento social demandaram a paralisação tanto de linhas de produção de veículos como de insumos para a produção, como os chips semicondutores (que também abastecem a indústria de eletrônicos, por exemplo).
Houve, portanto, um aumento de custo de produção junto com uma redução da oferta. A equação esvaziou os estoques de novos nas concessionárias e aumentou a procura por usados. Com o aumento de preço, sobe junto a base de cálculo do IPVA de 2022, ainda que a alíquota do imposto siga a mesma.
Como calcular
Para se preparar para o gasto extra, os proprietários de veículos precisam consultar a alíquota de seu estado e aplicar ao valor na tabela Fipe. O percentual vai de 1% a 6%.
Além da consulta à tabela Fipe e cálculo do valor, o proprietário precisa buscar as regras de seu estado para entender descontos do pagamento à vista. O parcelamento do valor integral, em geral, é feito de três a seis prestações.
Carros entre 15 e 20 anos de idade podem estar isentos, também a depender do estado. Todas as regras podem ser encontradas no Detran de cada unidade da federação.
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