A equipe econômica do governo federal revisou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, e elevou a taxa de 8,4% para 10,04%.
Este índice é utilizado como base da correção anual do salário mínimo. Ele mede a inflação para famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos.
Atualmente, o salário mínimo é de R$1.100. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2021, o valor subiria para R$1.210,44 no próximo ano, R$41,44 acima da última proposta oficial do governo para 2022, divulgada em agosto.
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Pela Constituição, o salário mínimo deve ser reajustado pela variação do INPC do ano anterior. Em 2021, o valor não repôs a inflação. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas a inflação medida pelo INPC no ano passado foi de 5,45%.
A equipe econômica do governo informou que cada R$ 1 a mais no salário mínimo consome cerca de R$ 355 milhões do orçamento público. Assim, a diferença de mais R$ 41 a ser corrigida no orçamento de 2022 pela mensagem modificativa vai consumir cerca de R$ 14 bilhões do espaço fiscal ano que vem.
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