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MST diz que vai oferecer oferendas a todos os orixás pela campanha de Lula

 




Movimento diz que lutará com "todas as forças" pela vitória do petista em 2022


Fundador e membro da direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o economista João Pedro Stedile garantiu que o grupo ativista lutará com “todas as forças” para eleger o ex-presidente Lula (PT) nas eleições ao Planalto, em 2022.


– [Lutaremos] Com todas as nossas forças! E vamos rezar para todos os santos, acender vela para todos os orixás, tudo o que tu pode imaginar nós vamos colocar para poder fazer com que o povo se engaje. Não é [só] o programa do MST. O MST vai utilizar sua experiência para ajudar a organizar o povo para eleger o Lula – declarou Stedile, em entrevista ao Poder 360.


A sua intenção é impulsionar a campanha do petista para fora do campo “retórico”.


– Temos que transformar campanha para Lula não só em retórica. Nós temos que transformar a campanha do Lula numa campanha de massas, que debate ideia; organizar comitês populares em todo o Brasil. A eleição do Lula não é mais um tema do PT. A eleição do Lula é uma necessidade para nós mudarmos o Brasil.


Por outro lado, o ativista reconheceu que faltou adesão às manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro e que não nutre esperanças sobre participação em massa nos próximos atos.


– Faltou o povão. Por quê? O povão é obrigado a pegar metrô, ônibus para ir trabalhar de máscara, mas não é obrigado a ir ao campo de futebol ou a uma manifestação, porque ele sabe que os riscos da aglomeração, [que] pelo menos naquele período eram reais, de pegar Covid – assinalou.


Em sua avaliação, as diferenças entre as frentes políticas de oposição não atrapalharam a adesão.


– Essas diferenças, que fazem parte da realidade, não tiveram nenhuma influência nas mobilizações. Temos uma esquerda madura para entender que, mesmo quando há pequenas rusgas de líderes, faz parte do jogo eleitoral. […] Faz parte do jogo que tenha alguns jovens mais impetuosos ou às vezes sectários que não compreendem essa unidade. Mas isso não se deu no centro da mobilização nem é isso que permeou a coordenação nacional da campanha Fora Bolsonaro. O que nos faltou mesmo foi o povão – ponderou.


O fundador do MST, que anunciou na última semana que retomará as ocupações de terra, falou ainda sobre as expectativas do movimento para o próximo ano.


– O MST amadureceu muito. Em 1º lugar, avaliamos que haverá um novo ascenso das lutas de massa em todo o país para resolver os problemas das necessidades imediatas: a moradia, aluguel, inflação, comida, trabalhar na terra.

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