Uma situação bastante caótica tem tomado a Redação da Globo de São Paulo: os jornalistas estão insatisfeitos com a proposta da emissora de reajuste salarial, que não contempla todos os funcionários de maneira equivalente. Amparados pelo Sindicarto dos Jornalistas, eles agora estudam a realização de uma greve.
Mas não pense que se trata de medalhões da emissora, como William Bonner ou aqueles outros rostos que estamos habituados a ver diante das câmeras. Os âncoras gozam de salários elevadíssimos. Estamos falando dos jornalistas que estão nos bastidores e que fazem de fato todos os noticiários irem ao ar.
Desde o início da semana, profissionais da Globo e de outros veículos se uniram para pressionar seus empregadores a olharem para a situação econômica do país e cederem o aumento real de 8,9% em seus salários.
O índice tem como base a inflação detectada até junho, mês em que teoricamente as empresas de Jornalismo deveriam realizar os reajustes salariais da categoria.
A alta cúpula da Globo, alinhada com as chefias de redações de outros grandes veículos do Estado, ofereceu a seguinte proposta: reajuste de 8,9% para quem ganha até R$ 5 mil; quem recebe até R$ 7 mil, um aumento de 6%; salários acima de R$ 7 mil, reajuste fixo de R$ 420. Mas todos os jornalistas declinaram a oferta.
Na quarta-feira (10), alguns jornalistas da Globo aderiram à paralisação de duas horas de suas atividades, entre 16h e 18h, em protesto à proposta. Os trabalhadores querem 8,9% de aumento para todos os níveis salariais, a manutenção da multa da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e um reajuste retroativo aos cinco meses desde que as negociações foram iniciadas.
Até o momento, o Sindicato não conseguiu uma resposta que agrade a categoria, e já existe uma movimentação para que funcionários entrem em greve, para pressionar ainda mais os empresários.
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