Já faz algum tempo que virou moda se fantasiar igual a personagens de quadrinhos, séries e videogames. A prática é conhecida como cosplay (união de outras duas palavras: costume, que significa fantasia e roleplay, que significa brincadeira ou interpretação).
De forma geral, para os participantes, ser um cosplayer é mais do que apenas usar a roupa idêntica à do personagem. É preciso, de fato, viver, interpretar e agir como ele.
A jovem Mary Anne Oliver-Snow, de 22 anos, com mais de 1,6 milhão de seguidores no TikTok, faz parte desse grupo. Porém, o que parecia ser uma brincadeira se tornou algo sério. No começo do ano, no Texas, Estados Unidos, após ela fingir ser o vilão do Batman, Pinguim, acabou matando a própria amiga, Helen Rose (Foto acima), com um tiro.
O caso veio à tona nos últimos dias quando veículos internacionais repercutiram o relatório policial que conta detalhes do ocorrido. Mary relatou que ela e alguns amigos estava assistindo a um filme do Batman, quando disse que tinha uma arma igual à do vilão. A vítima teria dito para ela mostrar e ironizou pedindo para a amiga atirar nela. Depois disso, a tiktoker atirou.
Mary Anne Oliver-Snow ficou presa apenas por um dia, foi liberada após pagar fiança e voltou a fazer postagens nas redes sociais. “Ela perdeu uma amiga e viverá com a culpa para sempre”, lamentaram alguns seguidores.
Idolatria
Não há como negar que o cosplay é um tipo de idolatria. A lista de comportamentos irresponsáveis protagonizados por cosplayers é grande. Assim como acontece no esporte, na música, nas novelas e até na política, algumas pessoas “endeusam” o personagem e passam a querer agir como ele, muitas vezes sem medir as consequências de tal atitude.
Para especialistas, esse tipo de comportamento, de admirar alguém a ponto de colocá-lo acima de tudo, atinge, sobretudo, os jovens que estão buscando referências e aceitação.
É claro que não há problema em elogiar o trabalho de um artista, mas quando o adoramos, nos colocamos em um caminho destrutivo. Afinal, muitos problemas são causados por atitudes guiadas pelo sentimento de “adoração”.
Devemos viver a vida de maneira inteligente, usando a consciência e evitando qualquer tipo de desequilíbrio.
A idolatria pode ser muito sutil. Por isso, precisamos nos questionar quem temos escolhido como exemplo a ser seguido. Jovens e adultos devem ficar atentos para perceber quando uma admiração se torna tietagem e ultrapassa os limites da normalidade. Afinal, tudo que foge do equilíbrio se torna um perigo.
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