O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta sexta-feira (17) ter sido chamado pelo PT para integrar a “chapa tríplex” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas recusou assumir a mesma posição do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, atual vice e possível substituto de Lula, para não fazer “papelão”.
Ainda de acordo com ele, a chapa de Lula, que também Manuela D’Ávila como vice (PCdoB), é uma “fraude grosseira”. “É uma fraude grosseira e me choca que amigos queridos meus, como Haddad e Manuela, se prestem a esse papelão. Eu não estou falando isso para atacar ninguém, mas eu fui convidado para fazer esse papelão e não aceitei. Encheram o meu saco para que eu fosse vice do Lula e depois fosse o candidato à sucessão na enganação deles. Eu não aceitei porque eu considero uma falta de respeito com a boa fé da esmagadora maioria da população brasileira”, afirmou, após o debate da RedeTV com candidatos à Presidência da República.
Ciro relatou também que recebeu o convite depois da convenção nacional do PDT, que o homologou candidato ao Planalto. “Eu me senti insultado, porque eles colocaram o povo brasileiro para dançar à beira do abismo”, criticou. O candidato do PDT ainda insinuou ver intenções de benefícios eleitorais pessoais nas lideranças petistas que sustentam o discurso da candidatura de Lula.
“Eu não acho correto essa decisão de ficar reforçando uma coisa que é uma fraude, porque a cúpula do PT, com todo o respeito, resolveu montar uma fraude envolvendo o melhor do nosso povo, que quer o Lula e respeita o Lula. Essa gente está cansada de saber que não vão deixar o Lula ser candidato e estão pesando a mão para se eleger deputado”, argumentou.
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