A Copa do Brasil teve um aumento substancial em suas premiações do ano passado para 2018. Se na última temporada o campeão ganhou R$ 13,3 milhões de prêmio, o clube que conquistar o próximo título da competição pode faturar até R$ 68,7 milhões - o maior valor da história do torneio.
Recentemente, pelo calendário cheio e o excesso de competições, alguns clubes brasileiros usaram times mistos no torneio nacional. O Grêmio, por exemplo, chegou à final do campeonato – e foi vice-campeão - apesar de priorizar a Copa Libertadores, na qual conquistou o tricampeonato. O que era comum para os clubes de maior expressão que brigavam por outros títulos, agora pode se tornar um costume esquecido com a nova premiação, segundo especialistas de marketing e gestão esportiva.
Presidente da Abragesp (Associação Brasileira de Gestão do Esporte), Ary José Rocco Júnior acredita que “é um forte estímulo para que os clubes grandes deem mais importância para o torneio”.
Rocco vê também uma oportunidade para as principais equipes do país: “Se a Copa do Brasil terá um prêmio melhor, ela estará mais atrativa. Com isso, é uma ótima chance dos [clubes] grandes explorarem alguns locais com potencial para espalhar a marca. Muitos Estados brasileiros não têm clubes na elite do futebol nacional, e com isso, essas equipes podem mandar alguns jogos lá, atrair novos torcedores pelo país e ter um bom retorno financeiro.”
Erich Beting, jornalista especializado em marketing esportivo, relembra que “o Corinthians, em 2015, deu prioridade ao [Campeonato] Brasileiro e caiu na Copa do Brasil. O Grêmio até chegou à final no ano passado, mas não tinha o mesmo interesse. Agora, sem dúvidas, os clubes vão querer jogar para valer [a Copa do Brasil]. Será benéfico para o campeonato, os clubes e o futebol brasileiro, em geral”.
Beting faz questão de destacar que "apesar da premiação da Copa do Brasil ser maior, o Brasileirão ainda dá mais dinheiro com as cotas televisivas".
Rocco e Beting divergem ao preverem sobre possíveis aumentos nas premiações da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Enquanto o primeiro entende que "o prêmio [Campeonato] Brasileiro tem mais chances de ter um aumento do que a Libertadores, porque a relação entre os dois campeonatos é mais próxima do que com um torneio que é continental", o segundo enxerga que "com as cotas já definidas, o Brasileiro tem menos chances de crescimento na premiação que a Libertadores".
Os dois especialistas têm opiniões parecidas, porém, nas críticas às gestões do futebol brasileiro. Segundo Ary, "as gestões ruins de clubes e federações diminuem a qualidade do nosso futebol e dos nossos campeonatos, além de nos fazer perder grandes talentos para mercados que deveriam ser inferiores ao brasileiro, como nas ligas da Ucrânia e de Portugal. Se os clubes tivessem administrações minimamente profissionais e mais transparentes, não passaríamos por esses problemas". Erich considera que os valores de cotas televisivas e de premiação indicam uma falha entre os clubes brasileiros: "É aí que vemos que eles (os clubes) não tomaram a melhor decisão. Se a divisão de cotas fosse mais igualitária, seria melhor para todos os clubes, especialmente os pequenos e médios. E também para a competitividade do futebol no país, para os campeonatos."
Fonte: r7.com
Recentemente, pelo calendário cheio e o excesso de competições, alguns clubes brasileiros usaram times mistos no torneio nacional. O Grêmio, por exemplo, chegou à final do campeonato – e foi vice-campeão - apesar de priorizar a Copa Libertadores, na qual conquistou o tricampeonato. O que era comum para os clubes de maior expressão que brigavam por outros títulos, agora pode se tornar um costume esquecido com a nova premiação, segundo especialistas de marketing e gestão esportiva.
Presidente da Abragesp (Associação Brasileira de Gestão do Esporte), Ary José Rocco Júnior acredita que “é um forte estímulo para que os clubes grandes deem mais importância para o torneio”.
Rocco vê também uma oportunidade para as principais equipes do país: “Se a Copa do Brasil terá um prêmio melhor, ela estará mais atrativa. Com isso, é uma ótima chance dos [clubes] grandes explorarem alguns locais com potencial para espalhar a marca. Muitos Estados brasileiros não têm clubes na elite do futebol nacional, e com isso, essas equipes podem mandar alguns jogos lá, atrair novos torcedores pelo país e ter um bom retorno financeiro.”
Erich Beting, jornalista especializado em marketing esportivo, relembra que “o Corinthians, em 2015, deu prioridade ao [Campeonato] Brasileiro e caiu na Copa do Brasil. O Grêmio até chegou à final no ano passado, mas não tinha o mesmo interesse. Agora, sem dúvidas, os clubes vão querer jogar para valer [a Copa do Brasil]. Será benéfico para o campeonato, os clubes e o futebol brasileiro, em geral”.
Beting faz questão de destacar que "apesar da premiação da Copa do Brasil ser maior, o Brasileirão ainda dá mais dinheiro com as cotas televisivas".
Rocco e Beting divergem ao preverem sobre possíveis aumentos nas premiações da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Enquanto o primeiro entende que "o prêmio [Campeonato] Brasileiro tem mais chances de ter um aumento do que a Libertadores, porque a relação entre os dois campeonatos é mais próxima do que com um torneio que é continental", o segundo enxerga que "com as cotas já definidas, o Brasileiro tem menos chances de crescimento na premiação que a Libertadores".
Os dois especialistas têm opiniões parecidas, porém, nas críticas às gestões do futebol brasileiro. Segundo Ary, "as gestões ruins de clubes e federações diminuem a qualidade do nosso futebol e dos nossos campeonatos, além de nos fazer perder grandes talentos para mercados que deveriam ser inferiores ao brasileiro, como nas ligas da Ucrânia e de Portugal. Se os clubes tivessem administrações minimamente profissionais e mais transparentes, não passaríamos por esses problemas". Erich considera que os valores de cotas televisivas e de premiação indicam uma falha entre os clubes brasileiros: "É aí que vemos que eles (os clubes) não tomaram a melhor decisão. Se a divisão de cotas fosse mais igualitária, seria melhor para todos os clubes, especialmente os pequenos e médios. E também para a competitividade do futebol no país, para os campeonatos."
Fonte: r7.com
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Esportes